Mulheres que correm com outras mulheres
No final do dia, eu percebi que são os laços afetivos femininos que vão nos salvar.
Vou começar dizendo: se você é uma jovem adulta lendo isso, provavelmente já percebeu que manter amizades fica muito mais desafiador quando acrescentamos à equação estudar, ser-bem-sucedida-cuidar-da-casa-tentar-ter-um-relacionamento-amoroso. E aqui, nem vou entrar naquela ladainha de alta ou baixa manutenção.
Eu sempre vivi rodeada de mulheres extraordinárias, mas demorei para aprender a cultivar minhas relações. Durante uma sessão de terapia, fui questionada: “Como você quer ter boas pessoas por perto se não faz o mínimo para mantê-las ali?” Desde essa lapada, criei vergonha na cara e comecei a cuidar das amigas que chegavam na minha vida e das que estavam ali há anos.
Por causa disso, vivi tantos momentos legais nos últimos meses que achei que já tinha entendido o que era amizade. Até que ontem, depois de uma desilusão amorosa daquelas, precisei desabafar com Deus e o mundo. E aí percebi que Deus e o mundo eram, na verdade, todas as mulheres que estavam por perto.
Foi nesse momento que lembrei do livro Tudo o que eu sei sobre o amor, da Dolly Alderton, e a frase “Quase tudo o que eu sei sobre o amor, eu aprendi nas minhas amizades de longa data com mulheres” fez muito mais sentido.
Na obra, Dolly e as amigas passam a era dos 20 se encontrando e desencontrando enquanto crescem profissionalmente, se descobrem e vivem algumas paixões. TODAS elas enfrentam perrengues clássicos — alguns infelizmente mais pesados que outros — e recorrem às amigas quando a coisa aperta e falta um ombro amigo para chorar.
(A essa altura do campeonato, acho que você já conhece o livro, mas deixo aqui o link para realizar a compra → Tudo o que eu Sei Sobre o Amor)
Quando meu calo apertou, foi exatamente isso que fiz: recorri às amigas que me ouviram, deram colo e me lembraram que tudo passa. No final do dia, percebi que são os laços afetivos femininos que vão nos salvar. São as mulheres que mandam áudios enormes, prometem acabar com o cara, seguram nossas mãos, puxam nossa orelha, nos abraçam em silêncio e fazem uma piadinha.
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Se você tiver a sorte que eu tive, elas serão sua mãe, sua irmã, sua amiga da época de escola, aquela com quem você trabalhou, ou aquelas que conheceu em algum aplicativo de relacionamento (sim, já encontrei muita mulher legal na internet). E se você fizer a sua parte, se interessar genuinamente por cada uma delas, vai construir uma comunidade forte, um lugar quentinho e confortável para ir quando as coisas ficarem complicadas.
Foi isso que eu fiz ontem, e doeu menos porque eu tinha mulheres incríveis por perto.
Nossa, muito obrigada por compartilhar isso conosco. Foi de grande ajuda. Já estou te seguindo por aqui! ❣️
Texto top Isabella, verdadeiras conexões de amizade trazem apoio e aprendizado!!!